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Biblioteca Municipal de Estremoz. E, enfim, abriram-se as portas

Margarida Maneta texto | Gonçalo Figueiredo foto

Um ano depois da inauguração oficial, as novas instalações da biblioteca municipal começaram finalmente a receber os seus leitores. Entre áreas como o auditório, o espaço de leitura e o de acesso à internet, a manhã de abertura oficial foi movimentada.

21 de julho. 10 horas e 53 minutos. Largo General Graça. “A Profecia”, de Nora Roberts, é o primeiro livro requisitado nas novas instalações da Biblioteca Municipal de Estremoz pela mais recente inscrita. Ana Troncho, vive há 54 anos em Estremoz e é uma ávida leitora. Só de Nora Roberts, a sua escritora favorita, conta “20 ou 30 livros” já devorados. 

Com o exemplar debaixo do braço e já de saída, ambiciona vir a tornar-se uma visitante regular: “Os livros estão muito caros e a biblioteca é uma boa alternativa. Vou começar a vir aqui em vez de os comprar”.

Para quem gosta de ler, “a biblioteca fazia falta”, aponta Ana Troncho. As novas instalações são luminosas. Com as paredes brancas e o chão mármore, no dia da abertura, o silêncio não é o habitual para um espaço destes. Entre dois dos três pisos, circulam casais e mães com filhas. Uns levados pela curiosidade, outros pela saudade de folhear e cheirar os livros.

É o caso de Marina Pascoal e Fortunato Neto. Estes dois amigos, permanecem em silêncio. Concentrados, vão folheando página atrás de página. Estas novas instalações da biblioteca, “há tanto tempo prometidas e que, por isto ou por aquilo, nunca mais abriam”, relembra Marina Pascoal, têm uma aparência modernizada. “Do espaço e o modo como estão apresentados os livros”, pode dizer-se que “está como uma biblioteca moderna”, refere a utilizadora. Estes dois amigos, por lá ficaram a utilizá-la “com algum prazer”, como apontou Fortunato Neto.

Entre os corredores, ouvem-se múltiplas exclamações: “Que giro!”, elogia um casal a quem Maria Helena Mourinha, responsável pela biblioteca, apresenta os novos espaço, como quem abre as portas de sua casa: “Vivemos um novo paradigma no contexto da sociedade da informação. Há uns anos o foco da biblioteca era a documentação, hoje estamos centrados no público”.

Com novas funcionalidades, entre as quais um auditório com capacidade para cerca de 50 pessoas, o objetivo é que aqui sejam dinamizadas ou acolhidas novas iniciativas. “Estão programadas atividades exteriores, que não se desenvolviam na outra biblioteca, porque agora temos um espaço novo, com um auditório”, acrescenta Maria Helena Mourinha. “Estamos recetivos e o objetivo é realizar uma série de atividades viradas para a comunidade em geral, nomeadamente, apresentação de livros e conferências”, sejam elas “promovidas pelo município ou por entidades externas”.

Esta biblioteca “quer sair das suas paredes”, potenciando o contacto com as escolas. Quem o diz é Hugo Guerreiro, chefe da Divisão de Desenvolvimento Sociocultural, Desportivo e Educativo da Câmara de Estremoz, acrescentando que, “no período escolar, a biblioteca vai estar aberta à hora de almoço” para que a comunidade estudantil veja nestas novas instalações um espaço para estudar, ler ou fazer os trabalhos de casa. 

Também o fundo local, que Hugo Guerreiro afirma ser o “segundo melhor do distrito, depois do de Évora”, com exemplares únicos relativos à história do concelho de Estremoz, está apto para atrair investigadores nacionais e promover o espólio além da tradicional oferta em literatura adulta ou infantojuvenil. Por abrir fica ainda a sala do livro antigo, que já detém condições controladas de temperatura e humidade, para reunir exemplares que remontam ao ano de 1500.

Segundo o município, “foram investidos mais 30 mil euros para além do previsto inicialmente, para que os estremocenses e demais leitores pudessem usufruir, com a qualidade que se exige, do vasto acervo bibliográfico que este equipamento municipal tem à sua guarda”.

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