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Beja: Antigo edifício da Refer começa a ser entaipado dia 14

O antigo edifício da Refer, em Beja, propriedade da Cruz Vermelha Portuguesa, onde se encontram alojados cerca de 20 trabalhadores migrantes, começará a ser entaipado a partir do próximo dia 14, depois de todas as pessoas que ali se encontram alojadas serem transferidas para 11 contentores climatizados instalados no Estádio Flávio Santos. Ana Luísa Delgado (texto)

A revelação foi feita por Marisa Saturnino, vereadora da autarquia bejense, na mais recente reunião pública de Câmara. A autarca indicou que no edifício estarão agora a viver cerca de 20 pessoas, tendo sido possível “deslocalizar” outros trabalhadores, que se encontravam sem emprego, para outros pontos do país.

“Algumas das pessoas que estão no interior do edifício da Refer têm trabalho e auferem vencimentos na ordem dos mil euros mensais. O problema é que não encontram casa para habitar e [é-lhes dada] a referência de chegar a Beja e ir para aquele edifício”, explicou Marisa Saturnino, indicando que a mudança dos migrantes para o “centro de abrigo noturno”, instalado no Estádio Flávio Santos, começará já no início deste semana. Assim que as pessoas se encontrem realojadas, acrescentou, começará a operação de limpeza do interior do edifício, propriedade da Cruz Vermelha Portuguesa, que o irá entaipar.

Marisa Saturnino sublinha que se trata de uma solução “temporária” e indica que as pessoas agora realojadas têm estado a ser acompanhadas pelos serviços de apoio social do Município.

De acordo com o presidente da Câmara, Paulo Arsénio, trata-se de uma “solução eficaz, com condições e muito bem estruturada”, que vem permitir “ultrapassar uma situação muito complicada” no concelho, com a ocupação daquele edifício, sem eletricidade, esgotos ou água canalizada, o que levantava “questões de saúde pública, nalguns casos muito alarmantes”. “Esperemos”, acrescentou, “que tudo seja feito com maior descrição, calma e tranquilidade”. 

Ainda de acordo com Paulo Arsénio, foi feito um “diagnóstico [social] muito completo” dos migrantes que serão realojados, sendo que a solução encontrada “visa responder” de forma célere ao problema destas pessoas, desde logo porque não há outra resposta imediata. “Trata-se de uma reinstalação temporária”, lembrou o autarca, garantindo que haverá empenhamento do Município em encontrar “outra forma de realojamento” aos migrantes que têm trabalho em Beja, ou em promover soluções “para os que se encontram desempregados e possam encontrar trabalho e condições dignas de alojamento” noutros pontos do país.

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