PUBLICIDADE

André Ventura soma dois anos de faltas em Moura

Há mais de dois anos que André Ventura não comparece nas reuniões da Assembleia Municipal de Moura, para a qual foi eleito em 2021. Luís Godinho (texto)

Quando suspendeu o mandato de deputado para se candidatar a presidente da Assembleia Municipal de Moura, André Ventura referiu a “importância fundamental do Poder Local na organização política portuguesa”, sublinhou a importância da “participação política dos cidadãos” e foi a votos.

Antes ainda explicou que tinha decidido ser “candidato autárquico numa terra que tanto me deu a mim e ao Chega desde a fundação” com o objetivo de ganhar a Câmara e a Assembleia, apontando como prioridades “o combate à desertificação, o apoio às empresas e à população idosa”.

Feita a contagem dos votos, os objetivos ficaram por cumprir. O PS ganhou para a Câmara e para a Assembleia, tendo o Chega conseguido eleger seis deputados municipais (em 21 mandatos atribuídos). Como cabeça-de-lista, André Ventura foi um dos eleitos, mas poucas vezes foi visto por Moura.

A 16 de outubro de 2021 lá apareceu para assinar a ata de instalação da Assembleia Municipal. A 28 de dezembro desse ano voltou à cidade, teve duas intervenções na reunião e absteve-se nos pontos da ordem do dia. A partir daí, não voltou a comparecer na Assembleia Municipal, pedindo umas vezes para ser substituído, outras nem isso. 

“Fez o número que se propôs, usou o nome de Moura para se promover nas televisões e nunca mais cá pôs os pés”, critica um ex-militante, relacionando esse “afastamento” com a saída da vereadora do Chega. Cidália Figueira foi o primeiro nome do partido na lista à Câmara, partilhou o palco com Ventura, foi eleita vereadora em novembro e, passado um mês, deixava de representar o Chega, passando a vereadora independente.

Segundo explicou na altura, em entrevista ao jornal “A Planície”, os outros candidatos do Chega em Moura “não me apoiaram e nunca participavam nas iniciativas que eu agendava”, além de que André Ventura nem sequer a “cumprimentou” quando tomou posse na Assembleia Municipal de Moura, na tal reunião de outubro, uma das duas em que esteve presente. “Para mim, foi um basta nesse dia (…) vi que não houve qualquer interesse na minha pessoa e, uma vez que isso aconteceu, resolvi passar a vereadora independente inscrita”, comentou Cidália Figueira.

Partilhar artigo:

FIQUE LIGADO

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

© 2024 SUDOESTE Portugal. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.