Francisco Alvarenga, texto
Amor Fialho, falecido este fim de semana, “foi uma das grandes referências da restauração e do turismo em Évora e no Alentejo”, escreveu o presidente eleito do Turismo do Alentejo, José Manuel Santos, na sua página de Facebook, destacando o papel que Amor e os seus dois irmãos, Manuel e Gabriel, ambos já falecidos, tiveram na gastronomia local ao projetar a nível nacional e internacional o restaurante Fialho, em Évora.
“Nunca lhes conseguiremos agradecer o que fizeram pela qualidade, projeção e notoriedade da gastronomia alentejana. Mas o desaparecimento do Amor é apenas físico. Continuaremos a lembrá-lo à entrada do seu restaurante de sorriso aberto e franco e com um sentido de hospitalidade como só ele sabia expressar”, acrescentou José Manuel Santos.
O anúncio da morte de Amor Fialho, aos 89 anos, foi feito pelo próprio restaurante. “É com imensa tristeza que partilhamos a notícia do falecimento de Amor Fialho. Pai, amigo, relações públicas, gestor, fundador… para nós simplesmente o senhor Amor. Um Senhor que dedicou a sua vida a gastronomia portuguesa, nomeadamente, a defesa da gastronomia alentejana que serviu e serve de inspiração as novas gerações”.
Consultor de comunicação e ex-jornalista (com passagens pelo Expresso, Grande Reportagem e Tal&Qual, entre outros), José Paulo Fernandes-Fafe refere que Amor Fialho “fazia jus ao seu nome próprio, tal a simpatia, a atenção e o carinho com que tratava todos à sua volta.”
“Durante anos e anos, ao lado dos seus irmãos Gabriel e Manuel, criou e estabeleceu uma marca inigualável – o extraordinário Fialho, um paradigma de fantástico acolhimento, de bem-comer e de verdade em tudo o que lhe dizia respeito”, acrescentou José Paulo Fafe na sua página de Facebook. “Era ele, o Amor, que, durante anos, soube receber como ninguém todos quantos os que procuraram aquela que, sem favor, é uma das maiores referências da nossa gastronomia, e que nos acolhia e brindava com aquele sorriso inigualável e tão autêntico quanto tudo o que, à mesa, nos oferecia”, conclui.
