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Alma Rivera: “O distrito de Évora tem sido muito abandonado”

Depois de, há dois anos, não ter conseguido eleger qual- quer deputado por Évora, facto inédito desde o 25 de Abril, a CDU apostou em Alma Rivera para tentar recuperar a representação parlamentar. A candidata critica o “abandono” do distrito, por parte de sucessivos governos. Ana Luísa Delgado (texto)

Qual é que é a sua expectativa em termos de resultados eleitorais no distrito?

O objetivo a que nos colocamos é, evidentemente, recuperar a representação da CDU no distrito de Évora, portanto recuperar o deputado perdido em 2022.

A nível regional, qual é que acha que deverá ser a primeira prioridade do próximo governo?

É difícil de definir uma prioridade, porque há várias questões que ficaram… falando de forma mais comum, ficaram “a aboborar”. Diria que o hospital é uma das prioridades, garantir as condições para o novo Hospital Central arrancar, a que se junta a resolução dos problemas de acessibilidades.

Quais são, na sua opinião, os principais problemas do distrito de Évora?

Julgo que o distrito tem sido muito abandonado por parte dos diferentes governos. Uma das questões em que isso mais se verifica tem mesmo a ver com os transportes, com a mobilidade. O desinvestimento da ferrovia foi muito grande, mas também nas vias de acesso rodoviário. São problemas gritantes e que atrasam desenvolvimento, evidentemente. Mas depois há também [problemas em] tudo que tem a ver com serviços públicos, particularmente na área da saúde, mas não só. E a falta também de investimento nesses serviços públicos e a garantia de condições para o seu funcionamento também é um fator de despovoamento, de afastamento das pessoas, destes territórios.

Porquê?

Ninguém quer viver em um sítio onde não há garantia de serviços de qualidade, nomeadamente ao nível da saúde. E isso também é um motor de emprego e de investimento privado também, porque o investimento público, não podemos esquecer, é um estímulo ao investimento privado. Onde há investimento público existe também investimento privado. As questões [da falta] de emprego e oportunidades estão muito ligadas à postura que o Governo tem tido, de abandono do distrito.

Não sendo de Évora, tem uma relação próxima com o distrito.

Morei em Évora ainda muito tempo… costumo dizer que somos dos sítios que nos trataram bem e que nos receberam bem. Trabalhei em Évora muito tempo, tive responsabilidades no Partido, na Juventude Comunista. Quando fui eleita, em 2019, para a Assembleia da República [pelo círculo de Lisboa] ainda vivia em Évora. Na verdade, se for eleita em março haverá aqui um regresso à casa de partida. Em Évora sempre me senti em casa.

a lista da CDU por Portalegre será liderada por Fátima Dias, professora e vereadora na Câmara de Nisa, que aponta o “desinvestimento” público como causa para o despovoamento do território. Em Beja, João Dias recandidata-se a um novo mandato.

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