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Alentejo vira à direita. PCP varrido do mapa eleitoral

O PS continua a ser o partido mais votado no Alentejo, mas perdeu metade dos deputados que tinha elegido nos distritos de Beja, Évora e Portalegre. Pela primeira vez desde o 25 de Abril, o PCP não elege nenhum deputado pela região.

João Dias, que até agora era o único deputado do PCP eleito pelo Alentejo, não conseguiu a reeleição nas legislativas deste domingo. Com os resultados fechados, o PS perdeu um deputado pelo Baixo Alentejo. O PSD recupera a representação parlamentar. E o Chega conseguiu um lugar, tornando-se, aliás, a segunda força política no distrito.

No distrito de Beja, o PS ganhou em todos os concelhos, fechando a noite eleitoral com 31,7% (24.408 votos), e elegendo um deputado, Nelson Brito. O Chega foi a segunda força política mais votada, com 21,5% (16.595 votos), seguido pela Aliança Democrática com 16,7% (12.890 votos), o que valeu a eleição de Gonçalo Valente.

A CDU não foi além do quarto lugar, com 15,03 % (11.570 votos), sendo que nos concelhos de Barrancos, Cuba e Vidigueira foi ultrapassada pelo Chega. Resultado: o único deputado comunista pelo Alentejo, João Dias, falhou a reeleição, não conseguindo o PCP eleger qualquer deputado pela região.

Em Portalegre, o PS também ganhou as eleições de forma clara, com 34% (20.501 votos), mas apenas conseguiu eleger um deputado, Ricardo Pinheiro. O Chega elegeu o outro representante parlamentar do distrito, Henrique Freitas, ex-secretário de Estado da Defesa no Governo liderado por Durão Barroso. Feitas as contas, o Chega alcançou 24,6% (14.846 votos), uma vantagem tangencial sobre a AD (23,35%), mas suficiente para lhe garantir um deputado. Para este resultado contribuiu de forma significativa a vitória do partido de André Ventura em Elvas.

Já no distrito de Évora, PS, Aliança Democrática e Chega elegeram um deputado cada. O PS foi o partido mais votado em todos os concelhos, apenas tendo elegido Luís Dias para o Parlamento, quando tradicionalmente elegia dois deputados pelo distrito. Sónia Ramos conseguiu não só segurar o lugar por Évora, como o PSD ficou à frente do Chega, partido cujo cabeça-de-lista, Rui Cristina, ex-deputado social-democrata por Faro, foi também eleito.

Évora foi uma das apostas fortes da CDU, tendo o distrito sido palco de seis ações de campanha nacional da coligação, mas o objetivo de recuperar o deputado, agora com Alma Rivera como cabeça-de-lista, não se concretizou.

O PS conseguiu 32,8% (29.309 votos) no distrito de Évora, seguido pela Aliança Democrática com 22,43% (20.049 votos) e pelo Chega com 19,96 % (17.846). A CDU não foi além do quarto lugar, com 10,9%.

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