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Alentejo: PRR aprova nove milhões para recuperar património

A reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai permitir um investimento de mais 40 milhões de euros para reabilitação e conservação do património cultural. Para o Alentejo estão anunciados mais 9,1 milhões (cerca de 22% do total nacional), sendo que mais de metade desta verba (5,9 milhões de euros) é destinada à recuperação do Convento da Saudação, em Montemor-o-Novo.

“O PRR é uma oportunidade histórica, talvez, com nenhum paralelo nas últimas décadas em Portugal, porque corresponde ao maior investimento na reabilitação, conservação e restauro do património”, refere o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

Sede da companhia “O Espaço do Tempo”, fundada pelo coreógrafo Rui Horta, o Convento da Saudação está classificado como Monumento Nacional. Apesar disso, a degradação foi-se acentuado com o passar do tempo. Há cinco anos ruiu uma parte do teto. “O buraco no teto do Convento da Saudação é a metáfora clara para o desprezo a que foi entregue a cultura em Portugal”, escreveu na altura o coreógrafo, para quem o desabar da abóbada de “um dos mais emblemáticos lugares de criação do nosso país e um dos centros de residências artísticas mais reconhecidos internacionalmente” constituiu “uma vergonha nacional e um insulto ao trabalho do Espaço do Tempo e de toda a cultura portuguesa”.

Uma candidatura ao Fundo de Salvaguarda do Património Cultural do Ministério da Cultura permitiu a realização de trabalhos de consolidação estrutural do edifício, num investimento de 1,6 milhões de euros, tendo sido anunciada uma posterior intervenção de recuperação e reutilização “para garantir visitas patrimoniais públicas, a instalação de serviços municipais e do Centro Nacional de Artes Transdisciplinares (CNAT)”. É este projeto que agora obteve financiamento por parte do PRR.

Além do Convento da Saudação, esta reprogramação vai permitir ainda um investimento de 1,6 milhões de euros no restauro das muralha de Alcácer do Sal, e de 900 mil euros na reabilitação da Igreja das Mercês, em Évora, construída em finais do século XVII e onde há vários anos foi necessário intervir para conter o perigo de derrocada da fachada principal e dos telhados.

A Igreja de Nossa Senhora das Salvas, em Sines, também terá um financiamento no âmbito desta reprogramação do PRR, no valor de 450 mil euros, o mesmo sucedendo com a Villa Romana de Torre de Palma, em Monforte (300 mil euros).

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