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“A Essência da Cor”, na obra de Manuel Cargaleiro

“A Essência da Cor” é o título da exposição de serigrafia e litografia que de Manuel Cargaleiro irá inaugurar no próximo dia 4 de setembro na Biblioteca Municipal de Reguengos de Monsaraz. A exposição poderá ser visitada até 30 de setembro.

Esta mostra evidencia a enorme versatilidade do Mestre Cargaleiro perante os materiais, as diferentes linguagens artísticas e as técnicas utilizadas. Um trabalho apurado de pesquisa e de estudo constante, onde a exploração da cor serve, antes de tudo, para definir formas, revelar sentimentos ou criar múltiplos espaços, tudo em perfeita comunhão com a natureza e com o mundo que o rodeia.

Trata-se de uma viagem ao percurso artístico de Manuel Cargaleiro, composto por muitas décadas de inesgotável vontade criativa, intensa e sempre rica nas suas propostas e aberta a novos caminhos. “A Essência da Cor” integra um conjunto muito significativo de serigrafias elaboradas entre 1973 e 2010. A presença de mantas de retalhos (patchwork) da artesã Ermelinda Cargaleiro, mãe do artista, ajudará os visitantes a perceber e a descobrir a sua primordial influência e fonte de inspiração. As composições geométricas e movimentos cromáticos existentes nestas peças serão apropriadas pelo mestre nas suas obras pictóricas e nos seus poemas pincelados e ritmados.

Desenhador, pintor e ceramista, Manuel Cargaleiro é natural de Vila Velha de Ródão, onde nasceu a 16 de março de 1927. Desde 1950, quando realizou a sua primeira exposição individual de cerâmica, o artista tem apresentado as suas obras em inúmeras mostras em Portugal, França, Suíça, Itália, Bélgica, Alemanha, Espanha, Brasil, Japão, entre muitos outros países.

Em 1984 foi agraciado pelo governo frânces com o grau de Oficial das Artes e das Letras e em 2017 foi condecorado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. A Fundação Manuel Cargaleiro, criada em 1990, gere o Museu Cargaleiro que recebeu todo o espólio do artista e é herdeira e detentora de um significativo património com grande valor artístico, histórico e cultural. 

A sua obra dispersa-se pela cerâmica, pintura, gravura, guache, tapeçaria e desenho, tendo executado, entre outros, painéis cerâmicos para o Jardim Municipal de Almada, fachada da Igreja de Moscavide (1956), fachada do Instituto Franco-Português de Lisboa (1983), estação do Metro de Champs Elysées-Clémenceau, de Paris (1995), painel para a escola com o seu nome no Seixal (1998), estação de serviço de Óbidos na auto-estrada do Atlântico (2000), fonte no Parque da Cidade de Castelo Branco (2004) e a Estação Colégio Militar/Luz do Metropolitano de Lisboa.

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