O ministro da Economia, António Costa Silva, classificou a atividade mineira como “crucial” para o concelho de Castro Verde, recordando que o poder de compra no concelho “está acima de praticamente todos os municípios do Alentejo e acima da média nacional”. Na sua perspetiva, trata-se da “prova decisiva” de que a atividade mineira “contribui para a criação de riqueza, para a criação de emprego e para a prosperidade, o que é absolutamente fundamental nos dias que estamos a atravessar”.
António Costa Silva discursava na sessão de abertura da primeira edição do Festival Castro Mineiro, que decorre este fim de semana em Castro Verde. “No nosso país”, acrescentou, “passamos a vida a discutir como vamos distribuir a riqueza e muito pouca gente discute como criar riqueza. Temos aqui o exemplo de uma localidade do interior onde a atividade mineira é crucial”.
De acordo com o presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito, o festival pretende “homenagear todos os mineiros que desde há 42 anos fizeram de Neves Corvo a mais importante mina de Portugal e uma das mais relevantes da Europa”. O autarca diz tratar-se de um “símbolo de trabalho e de mais-valia social” e garante que a atividade mineira “vai continuar a ser importante na criação de emprego” e na “valorização da economia e das suas dinâmicas”.
Contando com concertos (a cargo de artistas como Tim, Virgul, Sara Correia ou Fogo Fogo), o festival apresenta-se como “um espaço de encontro entre diferentes expressões artísticas, culturais e sociais, que convidam a descobrir e a colocar em evidência a inovação tecnológica, cultural e social que se vive nos territórios mineiros e, particularmente, em Castro Verde e na Mina de Neves Corvo, a maior mina de cobre e zinco da Europa”.
No recinto do certame está patente ao público a exposição de fotografia “A Vida Mineira”, da autoria de José Ferreira, que captou um conjunto de imagens que retratam o quotidiano de Neves Corvo e que tem como protagonistas os mineiros e o trabalho desenvolvido na mina.
